domingo, 30 de outubro de 2011

Grupo de teatro inicia preparação para Auto de Natal







Grupo de teatro inicia preparação para Auto de Natal

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Estudantes tiveram a oportunidade de participar nesta terça-feira, 25, do primeiro encontro de teatro na Emef Jaime Araújo (Fotos: Walter Martins)
clique para ampliarRivaldino Santos, historiador e arte-educador
clique para ampliarOs exercícios de respiração, imaginação e leitura envolveram os estudantes neste primeiro encontro
clique para ampliarLúcio Flávio Vasconcelos, 13 anos, estudante da 5ª série
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A violência muito presente na região vai ser retratada, mas permitindo a evolução de mensagens sobre amor, carinho e fraternidade crianças e adolescentes que estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Jaime Araújo, no bairro Soledade, tiveram a oportunidade de participar nesta terça-feira, 25, do primeiro encontro de teatro que vai mobilizar toda a comunidade escolar para as preparações do Auto de Natal. As oficinas vão acontecer as terças e quintas-feiras, além dos finais de semana, e tem por objetivo assegurar o envolvimento dos estudantes em áreas que envolvam literatura e educação artística. De acordo com o historiador e arte-educador da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Rivaldino Santos, o grupo de teatro foi criado por demandas da escola. "Estamos viabilizando apresentações artísticas em diversas escolas com o grupo de teatro da rede de ensino de Aracaju, ‘Os Desinibidos'. Nossas passagens têm sido muito bem aceitas, inclusive com pedidos dos próprios alunos para iniciar peças em suas escolas. Hoje, iniciamos um exercício de imaginação com a intenção de alimentar a criatividade e expressão dos estudantes", contou Rivaldino, explicando de que forma o Auto de Natal vai ser elaborado.

Acompanhando esse primeiro contato, a coordenadora de eventos da Semed, Joana Angélica, enfatizou a importância de se fazer teatro. "Enquanto concepção de vida, o teatro é uma oportunidade única. Através da fala e das expressões facio-corporais é possível se comunicar com o mundo. Espero que nossos estudantes possam aproveitar com muito empenho essas possibilidades", disse a coordenadora que também já foi atriz do grupo de teatro Imbuaça, que há três décadas é referência nas produções culturais do Estado.


Exercícios


Os exercícios de respiração, imaginação e leitura envolveram os estudantes neste primeiro encontro. Segundo Rivaldino, antes de pensar o Auto de Natal é importante diagnosticar algumas dificuldades na assimilação e memorização das palavras. "Essa é uma fragilidade que sempre me deparo, muitas vezes em razão do próprio sistema educacional. Tentamos superar essas barreiras com exercícios intensos de expressão e interpretação de texto. Tudo isso nos traz bons resultados. A intenção é fazer com que os próprios estudantes construam o texto", garante o educador, antecipando que as apresentações deverão acontecer na comunidade e depois em alguns pontos estratégicos da capital como no Alto da Colina, no bairro Santo Antônio.
A peça natalina deverá ganhar uma nova leitura. Os personagens bíblicos, tipos comuns a esse gênero de teatro, vão ganhar nomes e figurinos próximos à realidade dos estudantes. "A proposta inicial é se distanciar dos autos de natal tradicionais. Queremos colocar as experiências dos estudantes dentro do teatro. À medida que eles trouxerem suas mensagens, faremos nossas intervenções na peça", acrescentou o professor
Para meninos
Estudante da 7ª série na Emef Jaime Araújo, Paulo Roberto Vieira, 17 anos, garantiu que vai integrar o grupo de teatro da escola. "Gosto muito de participar desse tipo de atividade aqui na escola. Sempre me envolvo e me dedico bastante. Depois do exercício de imaginação, proposto pelo professor, já externei algumas experiências que vivencio na comunidade. Aproveitei a oportunidade para interpretar alguns personagens que vejo no posto de saúde e na escola do meu bairro", contou o adolescente entusiasmado.

A presença masculina nos grupos de teatro das escolas de Aracaju tem aumentado significativamente. Se anteriormente, as meninas se dedicavam livremente às artes, hoje essa realidade tem mudado. Lúcio Flávio Vasconcelos, 13 anos, estudante da 5ª série na mesma escola, é mais um exemplo da quebra do preconceito. "Pratico esportes como futebol, mas me interesso bastante por artes. Assistindo novelas pela televisão, me senti estimulado a participar de algum grupo de teatro e esta foi uma oportunidade. Acredito que vou aprender muitas coisas", disse o menino.

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